Humberto Gessinger comemora 35 anos de carreira e fãs perguntam: Engenheiros do Hawaii deveriam voltar?

Humberto Gessinger comemora 35 anos de carreira e fãs perguntam: Engenheiros do Hawaii deveriam voltar?

Humberto Gessinger comemora 35 anos de carreira e fãs perguntam: Engenheiros do Hawaii deveriam voltar?

Cantor faz show comemorativo em São Paulo no próximo dia 11, no Unimed Hall

Foto: Daryan Dornelles

No próximo sábado, 11, Humberto Gessinger sobe ao palco do Unimed Hall, em São Paulo, para apresentar seu novo show, pela primeira vez em solos paulistanos. A apresentação promove o mais recente álbum do multi-instrumentista, "Não Vejo a Hora" (Deck). Além disso, a data marca o ciclo exato de 35 anos de carreira de Gessinger, que, como todo mundo sabe, começou com os Engenheiros do Hawaii.

Um burburinho por parte dos fãs tem se alastrado pelas redes sociais e formado debates intensos. Afinal, os Engenheiros do Hawaii deveriam voltar? A pauta veio ainda mais a tona após um pronunciamento de Carlos Maltz, ex-baterista do grupo. "Na verdade este negócio de volta da banda não vejo que seja possível. Como que as pessoas vão voltar a ser o que não são mais?", disse o músico em vídeo publicado no Facebook. "O que eu quero, inclusive já falei com os dois (Augusto Licks e Humberto) a respeito, uma turnê para deixarmos uma outra vibração ecoando na eternidade", completou.



Em entrevista ao podcast The Borba Cast, Augusto Licks disse que também toparia, sem problema algum, uma turnê de reunião. Embora Gessinger não tenha se pronunciado, é nítido que o músico não está nem um pouco interessado em reunir o trio. E faz sentido. Nos últimos anos, Humberto experimentou sonoridades distintas, novos formatos, visitou raízes, firmou parcerias e reinventou-se. O momento artístico do músico é totalmente outro, fora do passado e de olho no futuro. 

O trio GLM, a formação clássica dos Engenheiros, durou até 1994, quando Augusto Licks saiu do grupo de maneira conturbada, em meio a brigas e processos judiciais. Maltz permaneceu na banda até 1996. 

Disco positivista

"Vamo, vamo, vamo, vamo", canta Humberto Gessinger logo no início de seu novo registro, "Não Vejo a Hora". A canção é "Partiu" e sintetiza muito bem o que é o álbum: praticamente um mantra, um espaço de respiro para levar a bola pra frente. Em "Bem a Fim", Humberto diz: "Do outro lado alguém/Dizendo que está tudo bem". 

Em geral, o disco é sim calmo, como em velocidade reduzida, mas não deixa de ser uma obra de rock. Aliás, gravada com dois trios, um elétrico, formado por Rafa Bisogno e Felipe Rotta e um acústico, com Nando Peters e Paulinho Goulart.

“Foram dias muito intensos quando gravamos as 8 canções com power trio (baixo de seis cordas, guitarra e bateria) e as três com o trio acústico (viola caipira, baixo acústico e acordeon). Desde o início, saquei que o material pedia uma produção ágil, rápida, para que a força das composições não se perdesse em firulas no estúdio. Foi o que a gente fez. Com exceção de alguns vocais que eu dobrei, não há overdub no disco", explica Humberto.

O resultado é um som cru, com algumas letras muito interessantes, como a própria "Bem a Fim" e "Estranho Feitiche" e parcerias já exploradas antes, como com Duca Leindecker em "Missão". No geral, é um bom registro, porém algumas faixas deixam grande sensação de efemeridade. Outras, como "Calmo em Estocolmo", tem frases repetidas exaustivamente que as tornam jocosas. 

Como será o show?

De acordo com o que Humberto apresentou nos últimos meses, o setlist terá uma mescla de clássicos dos Engenheiros, canções de carreira solo e , claro, as novas faixas. Gessinger estará acompanhado de Felipe Rotta na guitarra e Rafa Bisogno na bateria. 

Serviço

Humberto Gessinger no Unimed Hall
Data: Sábado, dia 11 de janeiro de 2020, às 22h
Local: UnimedHall SP – Av. das Nações Unidas, 17.955 – Santo Amaro – São Paulo (SP).
Capacidade: 5.743 pessoas.
Duração: Aproximadamente 1h40.
Ingressos: A partir de R$ 50.
Vendas: T4F

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