Fábio Massari lista os 20 melhores discos brasileiros lançados em 2019
"São os álbuns mais legais que ouvi em 2019", diz o jornalista
Foto: Marcelo Ribeiro
Todo final e começo de ano começam a pipocar as várias listas com os melhores lançamentos de determinado período. Como de praxe, estamos vendo a enxurrada de seleções, feitas por diversos sites e veículos de comunicação, com os melhores álbuns de 2019. Quando a lista é feita por alguém que entende muito bem do assunto, claro, tem mais credibilidade. O jornalista Fábio Massari selecionou 20 discos que, segundo ele, merecem destaque. "São os 'discos' mais legais que ouvi em 2019. E vamos nessa que 2020 promete", diz.
A seleção foi divulgada nas redes sociais da Editora Terreno Estranho e traz desde o rock psicodélico dos Boogarins até o rap de Black Alien. Confira a lista completa:
Textos por Lucas Lima
Textos por Lucas Lima
Deafkids - Metaprogramação
O terceiro disco do trio paulistano traz 13 canções urgentes e inspiradoras, cheias de intensidade e peso. Não por menos que o registro entrou para a lista do Reverendo.
Saskia - Pq
Rimas tortas, raps desconstruídos, batuques afro-brasileiros e programações eletrônicas sintetizam o som de Saskia em "PQ", seu disco debute.
Bonifrate - Mundo Encoberto
O ex-integrante da banda Supercordas voltou a apresentar material de carreira solo com este disco. O registro traz várias camadas instrumentais e bases em discursos de astrólogos portugueses do início do século XVI.
Rakta - Falha Comum
A banda capitaneada por Carla Boregas e Paula Rebellato tem sido reverberação constante no cenário musical há algum tempo. Não por menos, o Rakta tem apresentado trabalhos cada vez mais consistentes, encabeçados pelo pós-punk e sons mais experimentais. Não decepcionaram com "Falha Comum".
Labirinto - Divino Afflante Spiritu
Terceiro registro da banda paulistana traz o metal experimental que leva ao ouvinte uma atmosfera sombria, calcada em guitarras e sintetizadores.
Boogarins - Sombrou Dúvida
Referência do som psicodélico nacional, os Boogarins inovaram e trouxeram novas instigações ao público com "Sombrou Dúvida".
Terceiro Olho de Marte - Herbarium Parabolicae ou Língua Secreta das Sementes
Mais um disco psicodélico, "Herbarium Parabolicae ou Língua Secreta das Sementes" reúne delírios que mesclam a vivência no cotidiano ou "contato com energias sutis", segundo a própria banda descreve. Este é o álbum de estreia do grupo proveniente de Fortaleza.
Jair Naves - Rente
A inquietude política e humana se mistura com amor e saudade em "Rente", o terceiro álbum de Jair Naves, com vozes e elementos musicais altamente intensos que beiram o introspectivo.
Black Alien - Abaixo de Zero: Hello Hell
Black Alien passou a limpo sua convivência com seus demônios e, com beats assinados por Papatinho, levou um disco extremamente viciante aos ouvidos do público.
Bike - Quarto Templo
O lisergismo já característico do grupo marca presença novamente em "Quarto Templo", desta vez com pitadas de música eletrônica.
Glue Trip - Sea at Night
Apesar de ser um disco de 2018, o álbum do grupo psicodélico entrou para a lista de Massari. O registro traz um ar de provocador, com sintetizadores e flertes com música eletrônica.
Ana Frango Elétrico - Little Electric Chicken Heart
Uma das sensações de 2019, Ana Frango Elétrico faz no disco constantes viagens que cruzam com a bossa nova, o samba e vão até o pop contemporâneo. Pode parecer pretensioso, mas o som é fluido e o álbum delicioso.
Test - O Jogo Humano
54 faixas! Sim, é isso mesmo. 54 canções, feitas com base em marchinhas de carnaval, porém executadas agora em um ritmo muito, mas muito mais rápido.
Vitor C. - Arruamento
Com som extremamente abstrato e músicas cantadas ou declamadas, Vitor Colares nos apresenta 5 faixas com som extremamente instigante.
Ema Stoned - Phenomena
Com "Phenomena", o Ema Stoned basicamente fixou seu lugar como um dos grupos mais importantes do post-rok e do noise. É um registro com muitas experimentações .
Karina Buhr - Desmanche
Letras críticas ecoam na voz forte de Karina Buhr em sons calcados por tambores, que são soam como armas em uma postura discursiva da cantora que beira o punk rock.
Juliana Cruz Medeiros - Não é Igual Não
"Não é Igual Não" passou praticamente despercebido, mas não aos ouvidos atentos de Fábio Massari, que percebeu a qualidade do som eletrônico de Juliana neste disco.
Firefriend - Avalanche
Psicodelia, melancolia e raízes do pós-punk são os motes sonoros para o som do trio paulistano Firefriend neste álbum. Olhando por cima, pode passar batido entre os lançamentos nacionais pois não parece mesmo um som feito em terras tupiniquins a primeiro modo.
Máquinas - O Cão de Toda Noite
Este é mais um registro hiper experimental que não passou batido pelos ouvidos do Reverendo. É o segundo disco do grupo de Fortaleza e traz bases de músicas clássicas e bases instrumentais complexas em faixas que alavancam as incertezas e angústias humanas.
Tiago Frúgoli Ensemble - Casa
A lista termina com o jazz contemporâneo apresentado pelo coletivo Tiago Frúgoli Ensemble, liderado por Tiago Frúgoli. O disco já tinha sido lançado anteriormente, em 2017, mas foi reeditado pela Fresh Selects , dos EUA. Realmente um álbum que parece ser extremamente calculado e, de fato, muito bem produzido.
O Reverendo e a Tratore são incríveis! Todas as bandas listadas são sensacionais. Mas, como todas as listas, faltou incluir o disco do guitarrista, compositor e multiinstrumentista Pedrinho Salvador & O Caos Rastejante; o disco da banda carioca Psilocibina e os soteropolitanos da Necro, ambas representantes do verdadeiro Stoner Rock Brasil 💀
ResponderExcluir