Foto: Lucas Lima
Os nuances entre mais lento e mais intenso formam uma sonoridade única, o diferencial da banda carioca, que conta com o vocal leve de Gabriel Ventura. O trio ainda apresentou uma música inédita no curto tempo de show.
Larissa Conforto ganhou mais aplausos ao discursar pela causa feminista: "Há uma semana, 18 homens brancos, héteros e cis decidiram que o aborto em caso de estupro — que é um crime — deveria ser proibido por lei", enfatizou. "Nós precisamos falar sobre feminicídio. Em seguida, Hugo Noguchi exaltou a diversidade étnica do Brasil.
Gabriel Ventura, tocou sem camisa, enquanto o baixista Hugo Noguchi fazia caretas para o calor, que o obrigou a também ficar sem camisa.
Larissa Conforto, baterista da Ventre/ Foto: Lucas Lima
No final da apresentação, a banda até chegou a introduzir "Pernas", mas a canção foi cortada devido ao estouro de tempo. Abraçados, o trio agradeceu a presença do público, no início da tarde. Missão cumprida para a Ventre. A maioria da plateia, que não conhecia a banda, se empolgou e aprovou o som do trio.
Enquanto os shows rolavam, os integrantes da Carne Doce passeavam pelo Memorial. Eles eram os próximos. A introdução do show veio com "Princesa" e o calor, agora mais intenso, não atrapalhou as emblemáticas coreografias de Salma Jô, vocalista da banda.
Logo na segunda canção, houve algum problema com o equipamento. A música a ser tocada era "Cêtapensano", e a banda até tentou tocar outra. Com os problemas resolvidos, seguiu-se os planos, e "Cêtapensano" foi executada com êxito.
A banda deve ter tocado entre seis e sete músicas, sendo apenas uma, "Passivo", do álbum de estreia, que terminou o show. Algumas canções foram alongadas com jams, o que ocupou boa parte do tempo.
Entre problemas, acertos, voz impecável de Salma, além de uma ótima presença de palco, a Carne Doce esquentou ainda mais o público, em maioria na espera por PJ Harvey e Phoenix. Que venham mais Poploads e que o indie nacional alcance voos cada vez mais altos.
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