Black Music e R&B são destaques no EP de estreia do grupo Syntonos

Foto: Divulgação

"Vai Dançar" é o EP de estreia do grupo Syntonos, lançado em julho nas plataformas digitais. O grupo de Guadalupe, zona norte do Rio de Janeiro, aposta na mistura de Black Music e R&B, com um registro pra lá de dançante. “Sempre estive no meio da black music através da minha mãe. Quando comecei a tocar, aos poucos, meu amor pelo estilo foi aumentando até que eu não conseguia me ver tocando qualquer outro além desse. É o estilo que amo e me sinto em casa enquanto escuto e toco”, conta o baixista Augusto Lopes.

O grupo tem o repertório desde 2014, quando gravaram uma sessão acústica. Agora com elementos eletrônicos, a banda se aproxima do pop e também de suas influências, como Negra Li, James Brown e Ed Motta. "Minha maior inspiração na bateria vem de um baterista da black music, Tony Royster (da banda do Jay-Z) e outra grande inspiração musical que me acompanha forte é Alicia Keys. Meu objetivo sempre foi fazer, tocando bateria, o que a gringa já fazia há anos em questão instrumental, enquanto no Brasil parecia ter estacionado o gênero black num todo”, conta Jessica, baterista da banda.

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O grupo é formado por: Rafael Costa (vocalista), Elaine Ladeira (vocalista), Jessica Nepomuceno (baterista), Augusto Lopes (baixista) e Stevie KingBeats (DJ). O projeto se iniciou  a partir do sonho de Costa em ter uma carreira solo, mas hoje o cantor já mudou de ideia. Mesmo firmados na cena alternativa, não deixam de lado as raízes da periferia.

“Você não tem ideia de como a música já salvou as pessoas daqui. Ainda mais no subúrbio, que tem uma overdose de talentos e sonhos. Uma vida sem sonhos é uma terra fértil sem sementes. O meu é fazer música. Só sei fazer isso. Se não for isso, já aceito o passaporte para outro plano”, brinca Rafael.

“A música onde moramos pode trazer alegria, diversão, reflexão... Mudar não sabemos quem, quando ou onde, mas pelo menos plantar uma semente de uma arte que ultrapassa gênero, credo, fronteiras em pessoas do subúrbio de onde viemos é de grande valia”, reflete Jessica. “Esperamos que, com nossa música, outras pessoas possam se sentir tão felizes como a gente quando tocamos, ouvimos e vivemos a música", completa.


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