Foto: Lucas Lima

Então a portentosa Soledad desfilou suas interpretações. Mostrou mesmo como está seu disco. Em Jardim Suspenso veio a intensidade. Sentia-se a música realmente. Dançante e alegre em "Corpo Solto". Chorosa em "Vermelho Azulzim". "Meu nome é Soledad e eu vim de Fortaleza", dizia a cantora. Seu sotaque ficava mais forte quando falava com o público. Nervosa, se dizia estar. E ainda assim sua obra foi exposta com êxito. Artística, teatral. Transpõe os limites da música.
Foto: Lucas Lima
Se começou com Macalé, terminou, antes do bis, também. Com "Soluços", extravasou, gritou, pulou. "Meu nome é Soledad e eu vim de Fortaleza". Voltou para mais. Repetiu "Jardim Suspenso",e a pedido do público, terminou com "Portentosa". "Vocês sabem o que é uma portentosa?" Perguntou. Sem respostas. "Pode-se ter dois significados", dizia em um tom humorado. "Pode ser uma barata gigante, deste tamanho", mostrava, - "E pode ser uma coisa importante, grande, extraordinária." Em meio ao caos da cidade, ali estava a melancolia, o drama, as danças, o choro, a arte. Por uma hora e quinze vislumbramos uma luz portentosa. São Paulo está mais iluminada por hospedar alguém como Soledad.
Acompanham Soledad no palco: Carlos Gadelha e Allen Alencar (guitarras), Felipe Faraco (baixo) e Xavier Francisco (bateria).
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Fotos: Lucas Lima
que bonito <3
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