José Norberto Flesch fala sobre suas preferências nacionais e o sucesso do formato acústico no Brasil

José Norberto Flesch, um dos maiores jornalistas culturais do Brasil, nos contou um pouco sobre suas relações com a música nacional. Flesch é editor no Destak e escreve para Rolling Stone Brasil e para o UOL. Ficou famoso por divulgar antecipadamente diversos shows, nacionais e internacionais, no Twitter, e sempre acertar! O jornalista costuma conversar bastante com seus seguidores sobre diversos assuntos, desde cinema até política. Confira abaixo a entrevista completa



EB: Quais são suas bandas e cantores(as) nacionais preferidos?
Flesch: Curto a safra anos 80 e 90, como Titãs, Raimundos, Skank. Da nova geração, admiro muita gente como Céu, Mariana Aydar, Jeneci, O Terno, mas não necessariamente gosto

EB: Teve algum álbum lançado este ano que te surpreendeu?
Flesch: Tivemos bons discos, mas nenhum me animou de tal forma.

EB: Você acha que existe um certo medo dos artistas de hoje em dia se posicionarem politicamente, até por isso músicas novas sobre o tema são escassas?
Flesch: Não sei se seria por medo. Muitos artistas querem a fama, em primeiro lugar, e a fama costuma ser associada à TV, que, a princípio, não permite canção politizada. Mas há quem brade contra políticos. Vamos descobri-los. Muita gente me manda gravações com músicas politizadas, mas a maioria é uma droga. Só o fato de a letra ser anti establishment não significa que a música é boa. Também não acho que banda boa é necessariamente banda politizada

EB: Existe alguma banda que todo mundo gosta mas você não curte muito?
Flesch: Várias: Legião Urbana, Los Hermanos, Nirvana, RHCP...

EB: E aquela que quase ninguém conhece mas você gosta muito?
FleschVárias também: Toy Dolls, Foghat, Danko Jones, Die Toten Hosen...

EB:  Bandas como o Ira! e o Capital Inicial tem feito shows lotados com o formato acústico, anos atrás vários artistas venderam milhões de discos com o acústico MTV. Você acha que esse formato atrai mais o público brasileiro?
Flesch: Não só o público brasileiro. É bem comum e rentável nos EUA também, por exemplo. Não sei dizer a razão, mas imagino que seja o efeito "baladinha". O cara toca um hit no violão e é como se o público estivesse no bar, bebendo e cantando - mas não exatamente bêbado - a "lentinha" do artista. Um show acústico de banda de rock ganha tom romântico. Eu não gosto muito desse formato.  

EB: Na sua opinião, qual o álbum brasileiro indispensável de se ouvir?
Flesch: Difícil resumir a música brasileira a um álbum essencial. Eu recomendaria a discografia de Rita Lee, com e sem Mutantes.

Agradecemos ao José Norberto Flesch por nos responder!
Twitter do Flesch: @jnflesch

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