Em novo single, Criolo canta pela diversidade sexual e contra preconceitos; confira videoclipe



"É necessário quebrar os padrões. É necessário abrir discussões". E Criolo faz isto com seu mais novo single, "Etérea", faixa que ganhou videoclipe com performers de importantes coletivos LGBTQIA+. A música sucede "Boca de Lobo", faixa lançada no ano passado e que reverberou não só pela canção, mas também pela ótima produção do registro audiovisual.

Agora, Criolo volta, mais uma vez, posicionado politicamente. O cantor também aproveitou para adentrar outras atmosferas sonoras. Em especial, da música eletrônica. Quem assina a produção da faixa é Daniel Ganjaman, em parceria com DKVPZ. O projeto completo conta, além do videoclipe, com making of e depoimentos coletivos e individuais. A direção criativa tem assinatura de Tino Monetti e Pedro Inoue.

A canção é um leque expositivo da diversidade sexual. "Alento pra alma, amar sem portões/Amores aceitos sem imposições", diz trecho.

Reprodução

“Esta população, apesar de estar no topo de todos os rankings de violência e morte do planeta, continua a celebrar sua existência e cultura através de grupos de resistência e coletivos contra a opressão”, explica Criolo.  “Etérea é uma ode à arte queer em todas as suas expressões e homenageia os artistas e intérpretes que diariamente lutam contra o preconceito e a ignorância”, completa.

O dito clipe, com direção de Gil Inoue e Gabriel Dietric, conta com performances de Ákira Avalanx (Coletivo House of Avalanx), D’Avilla (Popporn/Festa Dando), Fefa (Animalia), Flip (Coletivo Amem), Juju ZL e Kiara (Batekoo), Transälien (Marsha Trans e Coletividade Namíbia) e Zaila (House of Zion).

A voz que ecoa da boca de Criolo em defesa desta população, considerada pela sociedade como minoria, não soa por acaso. O Brasil é o país que mais assassina gays, lésbicas, bissexuais e transexuais no mundo. As estatísticas apontam 420 mortes em um ano, uma a cada 20 horas, segundo dados do Grupo Gay da Bahia. Ainda que tenha muita gente do lado de lá, não é possível que ninguém se perturbe.

A arte vem, novamente, para dar forças e resistir aos males e opressões que assombram o povo LGBTQIA+ há tanto tempo. 

Confira o vídeo de "Etérea":





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