Pretinho da Serrinha valoriza o samba em seu disco de estreia

Foto: Marta Azevedo

Sim, está no ar o primeiro álbum de Ângelo Vitor Simplício da Silva, o Pretinho da Serrinha, compositor, arranjador e instrumentista que muito colaborou com a Música Popular Brasileira. Agora, em "Som de Madureira", o dito primeiro álbum, o nome de Pretinho está na capa; por dentro do registro, as raízes do artista de 41 anos, que já trocou figurinhas com músicos como como Seu Jorge, Beth Carvalho, Lulu Santos, Dona Ivone Lara, entre outros. Dentre tantos anos de experiência, o disco, lançado pela Sony Music, condensa toda esta vivência.

"Não vou mudar meu som/ Eu aprendi assim/ Se Deus me deu o dom/ Eu vou até o fim", diz trecho da música "Osso Duro de Roer, em parceria com Black Alien. A música é um recado em prol da valorização do samba, muito bem exposto como um todo em "Som de Madureira".

O disco ainda conta com outras parcerias: Maria Rita, em "Nada Vai Mudar"; Lulu Santos, na faixa-título; Quarteto em Cy, em "Paratodos", além de texto de Zélia Duncan, inserido em "Zumbi - Espírito de Guerra e Luz".



Das 11 canções disponíveis no registro, 5 não são autorais. "Paratodos" é faixa de Chico Buarque, lançada originalmente em 1993; "Galope" tem assinatura de Gonzaguinha (1974); "Coisa de Pele", Jorge Aragão e Acy Marques, com lançamento em 1986 na voz de Beth Carvalho; "Céu de Pudor, Mar de Paixão", também de Aragão, porém, divulgada na voz de Roberto Ribeiro.

Canção que ganhou inclusão de texto assinado por Zélia Duncan, "Zumbi" tem assinatura de Carica e Prateado e tem datado como lançamento original o ano de 1998, pelo grupo Sensação, com pitaco de Mano Brown.

Apesar das exceções, o álbum expõe ao mundo o lado compositor do músico mais do que cultuado, Pretinho da Serrinha.

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