Angélica Duarte inicia imersão na música popular com releituras de Caetano Veloso

Capa do EP Odara

Angélica Duarte está começando uma nova carreira. A paulistana radicada no Rio de Janeiro dedicou 10 anos de sua vida à arte erudita. Resolveu mudar. E a mudança revela uma Angélica intérprete em seu primeiro EP, "Odara", que conta com releituras de Caetano Veloso. No total, são três faixas: o samba "De Manhã" (1965), a roqueira "Odara" (1977) e "Tigresa" (1977).

O disco foi produzido por Gui Marques (Biltre, BEL) e marca o início da carreira de Angélica na música popular, apesar de começar com um disco de releituras. “Penso que seria mais fácil fazer um disco com minhas composições, sou compositora também, mas antes disso sou cantora, intérprete. Caetano é o compositor que mais me inspira, que mais me ensina, acredito que aprendi a cantar escutando suas gravações. Acho Caetano muito verdadeiro, e me identifico com essa característica dele. Já que é pra reproduzir suas palavras, que seja com franqueza.”, conta a cantora.

Mas esta paixão por Caetano não veio do nada. Angélica Duarte cultivou esta admiração pelas canções, em especial, pelas interpretações de Maria Bethânia. A artista até já arquitetou, em conjunto com  o músico Pedro Franco (que também toca com Bethânia), o show "Deixa o pagode romântico soar", apenas com músicas de Caetano. Pedro, que foi quem deu a ideia do espetáculo, marca presença também no EP. Foi ele quem fez os arranjos e a direção musical.

Angélica Duarte em releitura de "Samba e Amor", de Chico Buarque

Conheci muito do repertório do Caetano através também das interpretações da Bethânia. ‘De manhã’ é uma música que sempre gostei, achei importante colocar no show e no EP, pois se tornou uma das músicas que mais gosto de cantar, pelo astral, pela beleza do arranjo e principalmente pela singeleza da letra”, conta Angélica. “Esse repertório de Caetano Veloso extrai a felicidade que existe em mim, sempre fui muito melancólica e arrastada em minhas interpretações, mas o clima, os músicos, os arranjos, tudo isso fez com que essa sonoridade vibrasse diferente. Por isso ‘Odara’ para o nome do EP. Quero que essas canções tragam coisas boas para seus ouvintes, assim como trouxeram pra mim”, finaliza.

"Odara" chega às plataformas de streaming no próximo dia 17. No disco, Angélica é acompanhada de Gabriel Menezes (baixo), Lourenço Vasconcellos (bateria) e o já citado Pedro Franco, que assume as guitarras. A foto de capa foi feita pelas lentes de Amandha Levandowski com intervenções da quadrinista Verônica Berta.

Comentários