Rap, funk e empoderamento; conheça o primeiro clipe do trio Abronca

Foto: Fernando Schlaepfer

“Pode jogar tudo no meu peito / Tudo que eu canto sou eu que escrevo / Dominando com pé direito / Atravesso com flow certeiro e ligeiro, tá feito / Desde os 12 cantando rap / Hoje virei terrorista do trap / Passa lek, snapback, lap, grife, argola e cap / Não vem atrasar o meu bonde”, diz o trecho da música "Chegando de Assalto", primeiro single do trio Abronca. Formado por Jay, Slick e May, o grupo feminino prepara seu disco de estreia.

"Chegando de Assalto" foi divulgada em janeiro, porém o vídeo, gravado no bairro do Vidgal, onde as meninas moram até hoje, está sendo lançado somente agora. Com mensagem clara de empoderamento, o registro foi dirigido por Uriel Calomeni com realização da Fresh Mind Co. e Ubuntu Produções. Foto: Fernando Schlaepfer

“O papel da mulher no rap é mostrar que temos muita força e coragem pra conseguir o que queremos. Estamos conquistando nosso espaço sem depender de homem nenhum, e isso é incrível”, reflete Jay. “Nem todos os homens são machistas, mas alguns sim, que acham que as minas não têm o mesmo poder que eles no rap. Eles acham que sempre vão estar à nossa frente, só que não! Está vindo um movimento pesado feminino calando a boca de muitos que ainda pensam dessa maneira”, comenta Slick.

Foto: Fernando Schlaepfer

A música é rap, mas em certo momento é funk e também trap. Versátil, o trio sente que agora têm uma liberdade maior. Em 2014, o grupo, que assinava seus trabalhos como Pearls Negras, conseguiu uma boa notoriedade de seu trabalho. Com a volta, mostram amadurecimento e também a importância da união, da força e das raízes. “Conseguimos montar um clipe com a nossa cara e as nossas ideias, e pela primeira vez em muito tempo, sentimos que a nossa carreira está sendo guiada por nós mesmas”, explica Jay.

Ainda sem data de lançamento, o primeiro álbum das garotas deve chegar ainda neste ano, pela Heavy Baile Sounds. Enquanto isso, Abronca mostra, por meio de vídeo, que tem uma voz potente e que pode alcançar um território ainda maior. “Acredito que esse clipe vai atingir muitas pessoas de uma maneira positiva, e dar força a todas as meninas que também querem se expressar nas suas letras e serem porta voz de suas lutas, vivências, conhecimentos… Isso não tem preço!”, conclui May. 





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