Tom Zé alegra tarde chuvosa com show em São Paulo

Foto: Lucas Lima


Quem enfrentou o mau tempo e resolveu sair de casa para prestigiar Tom Zé e banda não se decepcionou. O cantor transformou a tarde nublada, em um dia alegre, e quem foi, voltou para casa satisfeito. Era aproximadamente 15h30 quando a jovem cantora Renata Suizu, revelada pela Fábrica de Cultura e indicada por Jarbas Mariz, iniciou o show de abertura. Com uma plateia ainda pequena e alguns admiradores, a cantora conseguiu tirar algumas palmas. Sozinha no palco, utilizou alguns efeitos, fazendo que a própria fizesse o backing vocal das canções

Foto: Lucas Lima

Tom Zé iniciou seu show pouco mais das 16h. Entrou apresentando a banda e dando destaque para seu mais fiel companheiro, Jarbas Mariz. A canção de abertura foi a intensa "Nave Maria", lançada no álbum de mesmo nome em 1984. Logo depois comentou a morte do ministro Teori Zavascki, introdução perfeita para a canção "Esquerda, Grana e Direita" (2014). Comentar as músicas foi o que Tom Zé mais fez, até mesmo parava as canções na metade para conversar com a plateia e, em especial, com a filha do baterista Rogério Bastos, que assistia pela primeira vez o tropicalista em cena. Certo que para quem acompanha o cantor, já está acostumado com suas histórias, mas ainda assim, tirou boas risadas do público.







Fotos: Lucas Lima


Passando por quase toda sua discografia, o baiano, acompanhado de sua ótima banda, executou três músicas de um dos seus mais renomados álbuns, o " Estudando o Samba". Entre as canções estavam "Tô", "Hein" e "Vai ( menina amanhã de manhã)". Houve também homenagem a cidade, que completa 463 anos na próxima quarta-feira, 25. com a música "São São Paulo". Do disco ,também renomado, "Todos Os Olhos"(1973), entraram as "intelectuais", como disse o próprio Tom Zé, "Cademar e "Um Oh e Um Ah". Segundo ele,as canções mais complexas que existem, ou são curtas, ou longas demais.

Em "Geração Y", comentou a geração pós anos 90. Ao comentar o  álbum "Canções Eróticas de Ninar", seu mais recente trabalho,vestiu uma roupa íntima feminina por cima da calça, segundo o próprio, para tirar a imagem machista sobre os assuntos do sexo. O final, antes do bis foi animado. Com caras e bocas, o baiano pegou seu violão e introduziu "Xique-Xique", parceria sua com José Miguel Wisnik. O cantor ainda destacou que a música foi usada no encerramento dos jogos olímpicos de 2016, mas não foi creditada na época.















Fotos: Lucas Lima


O show foi finalizado com "Jimi Renda- Se", em uma versão conjunta com a plateia. Com pouco mais de 1 hora, a apresentação ficou com gostinho de quero mais, levando em consideração o grande repertório que Tom Zé acumulou durante sua carreira. Após o final, o cantor ainda autografou e tirou fotos com o público. Sobre a tarde chuvosa, ninguém ligava mais.









Comentários